Directores da PSP aumentaram ordenados em segredo esquecendo por completo os restantes elementos da corporação, cinco responsáveis máximos da PSP decidiram aumentar os seus próprios vencimentos.
O director-nacional, três directores-adjuntos e o inspector nacional da PSP aumentaram os seus próprios vencimentos no ano passado, segundo apurou uma auditoria da Inspecção-Geral de Finanças. A notícia está nas páginas do "Diário de Notícias" e "Jornal de Notícias".
O director nacional, superintendente-chefe Francisco Oliveira Pereira, que se aposentou em Abril deste ano e o director-nacional adjunto de Operações e Segurança, superintendente-chefe Guedes da Silva, actualmente chefe máximo da PSP, decidiram aplicar o novo regime remuneratório da Polícia a este grupo restrito mas deixaram de fora os seus subordinados.
Sindicato avança com queixa
Contactado pela TSF, o presidente do Sindicato Unificado de Polícia (SUP) garante que vai apresentar uma queixa contra os directores que aumentaram, em segredo, os seus salários."Não nos resta outra alternativa senão entregar este relatório à Procuradoria-Geral da República para eventuais procedimentos. Estamos muito expectantes e queremos acreditar na Justiça", afirmou Ernesto Peixoto Rodrigues.Em declarações à agência Lusa, o presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, disse que a situação é "imoral" e lembrou que em Janeiro de 2011 a principal reivindicação dos polícias era a de que todos passassem para as novas tabelas remuneratórias, o que não aconteceu."Foi uma das principais reivindicações que levaram a ASPP a desenvolver ações de protesto não só com o anterior Governo mas também com este", disse, frisando que esta situação "fere e acaba por beliscar" a coesão interna na PSP.Paulo Rodrigues referiu que esta situação, da qual a ASPP já tinha conhecimento, "afasta claramente" a direcção da polícia de todos os profissionais.Esta notícia surge no dia em que o Ministério da Administração Interna anuncia a aplicação das novas tabelas remuneratórias dos 16.146 elementos das forças de segurança. Uma medida que custará anualmente cerca de €13,7 milhões aos cofres do Estado.
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