Tal como nesta música de Jorge Palma, o povo está cansado de lutar com fome e com frio ao som de promessas de pão e de conforto. Estamos fartos de ver os políticos fazerem as suas pequenas grandes fortunas pessoais à custa da promiscuidade com o mundo financeiro, com as grandes corporações e com os que detendo o capital, manobram o poder político como fantoches.
Infelizmente, tal como retrata o romance de George Orwell "O triunfo dos porcos" ou "Animal Farm", há sempre uns mais iguais que outros e instalados no poder, subvertem todos os princípios e regras, governando a seu belo proveito, engordando alarvemente.
Pois é em tempos como estes, de crise e de intensa austeridade que acontece uma de duas coisas e a história do mundo tem-no demonstrado de forma inequívoca. Ora assumem o poder ditadores, que sem dó nem piedade esmagam o povo imprimindo de forma crua regimes ideológicos monocromáticos. Ou em alternativa, acontecem revoluções, normalmente movidas pela força popular e por vezes auxiliadas pelas forças armadas, como no caso do 25 de Abril.
Infelizmente o cepticismo apoderou-se da grande maioria de nós, sendo cada vez mais difícil crer numa mudança profunda e justa. Assim, resta-nos sermos nós enquanto povo a sair para a rua e a exigir uma mudança profunda nem que para isso seja necessário que os Portugueses tomem o poder nas suas mãos, resistindo tal como está previsto no artigo 21º da Constituição da República.
Como diria José Afonso, "a revolução é p'ra já"
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